Brazil capital’s security boosted, 39 charged over uprising

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“ATO ANTIDEMOCRÁTICO”

Os promotores acusaram 39 pessoas, entre as cerca de 1.200 detidas em conexão com os tumultos, por organização criminosa armada, danos materiais, violência contra o estado democrático e tentativa de golpe.

“Nossa preocupação é que esses atos jamais se repitam”, afirmou o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Aras também ordenou o congelamento de ativos de 40 milhões de reais (US$ 7,7 milhões) para as 39 pessoas.

Bolsonaro, que está nos EUA, negou qualquer ligação com o levante.

O ex-líder, que durante anos tentou lançar dúvidas sobre o sistema eleitoral internacionalmente aclamado do Brasil, foi levado a uma investigação sobre as origens da agitação.

Bolsonaro, que condenou brandamente o motim horas após o início, apareceu em um vídeo divulgado na segunda-feira pelo site de notícias Metropoles falando com apoiadores perto de sua casa de férias em Orlando.

“Lamento o que aconteceu no dia 8, foi algo incrível”, ouve-se Bolsonaro dizer.

O ex-procurador-geral de Bolsonaro, Anderson Torres – que comandava a segurança em Brasília na época do levante – foi preso no sábado.

De acordo com a Polícia Federal, 1.159 dos mais de 2.000 suspeitos de desordeiros permaneceram sob custódia.

Segundo o Ministério Público, já ocorreram mais de 800 audiências nas datas das primeiras prisões.

Já a Polícia Federal (PF) informou que uma operação especial denominada Ulisses resultou na prisão de uma pessoa na segunda-feira.

O objetivo de Ulysses é “rastrear indivíduos que estão sendo investigados por ações antidemocráticas após o segundo turno das eleições presidenciais” em outubro “e as ações de 8 de janeiro”.

Um em cada três mandados de prisão foi cumprido com êxito, informou a PF em nota, sem dar detalhes.

Duas pessoas continuam foragidas.